sexta-feira, 24 de março de 2017

Projeto Princesas Negras ( Professora Sílvia Helena da Silva Anacleto 5ª Ano)

Princesas Negras

O trabalho foi iniciado através de realização de ilustração de acordo com a imaginação de como seria uma princesa negra. Neste momento, sem nenhuma interferência.
Os alunos pesquisaram na internet sobre a existência de princesas reais negras. A história escolhida foi princesa Tiana. A partir desde conto analisamos os desenhos anteriores realizados por eles, os educandos foram levados a refletir que nem toda princesa tem varinha de condão e vivem em palácios.
  Portanto, as princesas são mulheres guerreiras, que lutam pelos seus ideais, combatem preconceitos existentes em nossa sociedade. Em seguida cada aluno criou um poema e ilustrações sobre como é realmente a vida de uma princesa negra atualmente. 

Conto
Tiana entra para o rol das personagens emblemáticas do estúdio com uma particularidade especial: a cor da pele.
Foi um ato arriscado. Não por Tiana ser negra, mas porque provocar esta diferenciação e usá-la para promover o filme é também uma forma de racismo. Da mesma forma como alijar os negros de determinados meios ou personagens é preconceituoso, colocá-los e usá-los para se exibir, ressaltando esta situação, não é muito diferente. Felizmente, não é o que acontece com 
A Princesa e o Sapo. A questão racial é abordada apenas implicitamente, ao observar a plena miscigenação existente na Nova Orleans retratada. Uma cidade plural não apenas por isto, mas também por sua efervescência musical. E este é um dos pontos principais do filme.
A história também agrada, pelo aproveitamento de uma situação clássica dos contos de fadas: o beijo da princesa que faz com que o sapo vire príncipe. A inversão apresentada abre um novo leque de opções, explorada em sequências divertidas e repletas de referências aos antigos filmes da própria Disney
A Princesa e o Sapo se divide entre estes dois lados: a reverência ao tradicional e a atualização ao ritmo moderno, através de seus personagens e a própria trilha sonora. É um filme que, em certos momentos, encanta. As lições de moral e a mensagem sobre o amor verdadeiro estão lá, mantendo mais uma tradição Disney. Afinal de contas, por mais que o estúdio do Mickey tente se atualizar, certas características permanecem eternas. A Princesa e o Sapo mostra bem isto. É um filme que recupera o que a Disney fez de melhor, mostrando que ainda hoje há espaço para este tipo de cinema.
O que vemos na tela é uma modernização e atualização dos contos de fadas, independente da cor de sua protagonista. As narrativas clássicas seguiam padrões típicos de personagens, com mocinhas ingênuas que precisavam ser salvas pelo príncipe forte e galante. O mundo mudou, a mulher evoluiu, conseguiu impor seu papel na sociedade e dicilmente uma garota iria se identificar com uma Branca de Neve. Sendo assim, Tiana é uma jovem corajosa e trabalhadora que quer vencer na vida pelo seu próprio esforço. Ela só precisa aprender, como muitas feministas por aí, que a vida não é só responsabilidades, mas também um pouco de diversão. É aí que entra a moral do conto da cigarra e da formiga. É preciso trabalhar muito para se preparar para o futuro e atingir seus sonhos, mas um pouco de música faz bem, não? 
Já o príncipe Naveen não é um primor em altivez. Boêmio, só pensa em curtir a vida, e também precisa aprender a ter responsabilidades. Essa quebra de padrão não-maniqueísta também é típica das narrativas modernas. Todos temos qualidades e defeitos, isso faz de um personagem mais complexo, realista e interessante.
Agora, independente da época, quem não sonha com um encanto que resolva todos os nossos problemas? Nisso, o filme brinca com a inversão do conto do príncipe sapo, já que, ao beijá-lo, Tiana vira um sapo (ou seria rã?) gerando situações engraçadas com seus dois novos amigos, um vagalume apaixonado por uma estrela e um jacaré que sonha em tocar numa banda de jazz. Aliás, o jazz e a ambientação em Nova Orleans, seu berço, embalam a trilha sonora e dão uma dinâmica especial a todo o filme. 
O filme é divertido e digno dos antigos clássicos, nos fazendo sonhar com o pé no chão. Afinal, apesar de toda a magia do sonho, ninguém tem um botão mágico para resolver nossos problemas. Pegando carona no tema, a nova moda é jogar um 
sapo nos casamentos em lugar do tradicional buquê. Coitados dos bichinhos... 



Criação de poemas sobre princesas negras da atualidade














  

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